DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO


caring Posted by Hello

HOJE celebra-se a efeméride do nascimento de Florence Nightingale.
Por isso, Dia Internacional do Enfermeiro.

Podia contar a história de uma mulher fora do seu tempo.
Sim, a Dama da Lâmpada.
Que fez baixar de forma espantosa os números da mortalidade na guerra da Crimeia.
Que escreveu «Notes on Nursing», a primeira concepção de uma filosofia de cuidados.
Que fundou uma Escola notável, que se espalhou pelo mundo, inaugurando a «enfermagem científica», como então foi designado.
Que, pela contribuição na área da estatística, foi a primeira mulher a ser membro da Royal Statistical Society – foi ela que “inventou” o Polar Area Diagram, “coxcombs” como lhe chamava. Temos muito de que nos orgulhar, ao pensar em Florence.

Diria ainda que hoje, em Portugal, mais de 46.000 enfermeiros e estudantes celebram este Dia.
De muitas e variadas formas.
Em Setúbal, os professores e estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem realizam uma actividade de rua, no centro da cidade, dedicada à promoção da saúde (com educação para a saúde, avaliação de tensão arterial, de glicémia capilar), considerando de modo relevante a protecção materno-infantil e o lema do ICN para este dia, a propósito dos medicamentos de contrafacção.

Autor: LN

LN é sigla de Lucília Nunes. Este blog nasceu no Sapo em 2001. Esteve no Blogspot desde 01.01.2005. Importado para Wordpress a 21.10.2007. Ligado ao FaceBook desde 13.12.2010 (e desligado em 2017).

14 opiniões sobre “DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO”

  1. Os medicamentos de contrafacção foi um lema que me surpreendeu porque diz mais respeito a outras realidades que não a nossa. Mas é interessante saber que dimensão tem esse problema, noutras realidades. E que relação tem com a nossa profissão.

    Victor Victor

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  2. (…)
    “promoção da saúde (com educação para a saúde, avaliação de tensão arterial, de glicémia capilar” (…)

    Estamos a CONVERSAR de promoção de saúde?!… ou de um silogismo do tipo:

    os electricos são amarelos
    os chineses são amarelos
    logo os electricos são chineses
    ???????????????????

    Não estamos a CONVERSAR de Promoção de Saúde.

    O que caracteriza a promoção de saúde?

    Como se apreEnde o Cuidar através da Promoção de Saúde?

    O que está menos bem?!…

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  3. Foi de facto muito bonito ver a Praça do Bocage cheia de gente jovem, os nossos futuros colegas, a divulgar este dia junto de quem passava. A procura para a avaliação da TA foi muita, mas acima de tudo não foi isso, o mais importante. Foi sim ver o orgulho, a disponibilidade, a atenção e os ensinos que os nossos estudantes prestaram a todos que ali se dirigiam, ou por curiosidade ou por conhecimento pela rádio local. Se os electricos são amarelos deixá-los ser, se isto não é promoção de saúde dispo já a minha farda. Parabéns aos nossos estudantes e a todos aqueles que ainda acreditam nas actividades que desenvolvemos.
    A.F.

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  4. Victor Victor, parece que ainda não tem 😉 mas a OMS e o ICn estão a passar palavra. E «Medicamentos falsificados matam».

    Foi dado enfoque dado à gestão do regime terapêutico.
    Foi muito interessante assitir à mesa-redonda, com a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, o Bastonário da Ordem dos Médicos, o Vice-presidente da Ordem dos Farmacêuticos, o Presidente do INFARMED e o Presidente da Associação dos Administradores Hospitalares.
    Existem preocupações comuns, nesta área, aos profissionais envolvidos.
    E se podermos caminhar juntos…

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  5. Ora, Sr. anonymous, sendo esta uma segunda intervenção do género, neste blog, recomendo vivamente um oftalmologista:
    – o título é «conversamos?!” e não
    “desconversamos!?”

    Já agora, o anonimato é eloquente…

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  6. Ainda bem que deixou nota, A. Estava curiosa.

    Como sabemos, é diferente a protecção da saúde, a promoção de saúde, a prevenção da doença, o tratamento da doença, a reabilitação/reinserção.
    Mesmo separando com dois postos, procurando distinguir promoção da saúde e prevenção da doença, as estratégias tocam-se.

    E, se faz favor, nem despe a farda nem liga a formulações inadequadas de silogismos.

    Mesmo que até se possa ter alguma razão, quando o diálogo está envenenado nem apetece descobrir onde ela se oculta.
    🙂

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  7. Não quis dizer que a questão dos medicamentos de contrafacção não tem a ver connosco, enfermeiros. Já tem e vai ter cada vez mais.

    Tratando-se de um bem de elevado custo para o doente, será de esperar que cada vez mais esteja e venha a estar sujeito a tentativas de comercialização ilegal. Essa comercialização não deixará de reformular os processos de produção, importação e distribuição de medicamentos e será incentivada pela cada vez maior partilha de custos por parte do doente, que o Estado tem vindo a introduzir no sistema no sentido de redimensionar a procura de medicamentos.

    Por outro lado e do outro lado, as coisas são muito mais graves do que se possa imaginar. Em muitos países são os enfermeiros que prescrevem e fornecem no acto da prescrição os medicamentos. Incluindo profissionais estrangeiros a esses países. Ou seja, o enfermeiro prescreve e dá ou vende. A primeira opção tem como objectivo combater o consumo de alto risco associado à contrafacção e venda ilegal de medicamentos; na última e estranha circunstância, a prescrição induz claramente o consumo – desnecessário, inapropriado, perigoso e tudo o mais que possamos imaginar.

    Não tenho informação sobre a dimensão deste fenómeno para além da minha experiência pessoal, mas dessa posso inferir que se trata de um problema muito grave porque em muitos países subdesenvolvidos os enfermeiros são a peça fundamental desta engrenagem. Mas pela negativa, na minha perspectiva.

    Victor Victor

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  8. … Sobre o autor do comentário dos eléctricos amarelos, não entendo porquê tanta agressividade quando a ideia é trocar ideias. Gostava, no meu lirismo, que desaparecese nesse anonimato e se assumisse no debate que a Doutora Lucília tem mantido com um elevado nivel.

    Sobre o comentário dos eléctricos amarelos, penso que já todos começamos a entender aquilo que os Físicos entenderam quando chegaram ao nivel sub-atómico nas suas investigações: tomaram consciência da limitação das suas ideias clássicas e tiveram que modificar radicalmente muitos dos conceitos básicos acerca da Realidade. Noutros campos teremos que aceitar que temos que modificar ou até abandonar alguns dos nossos conceitos; na Saúde particularmente, as perspectivas holísticas e ecológicas que transcendem as limitações clássicas mecanicistas e reducionistas, já vão começando a fazer sentido na nossa prática profissional.

    A promoção da saúde e a prevenção da doença não cursam individualmente. Aos hábitos de vida saúdáveis, às melhores condições de habitação, à Educação, étc, junta-se a necessidade de vigilância permanente no sentido de prevenir a doença. Aqui incluem-se actividades tradicionalmente mais acessíveis à população e aos profissionais, como sejam estas campanhas.
    E o valor/impacto destas acções depende muito de onde decidimos depositar o nosso olhar – se aqui muito perto ou se lá mais longe, na linha do horizonte… Se, por exemplo, ficamos pelos valores da Tensão Arterial ou se lhes atribuímos significados que permitam estabelecer uma ponte entre a prevenção e a promoção.

    Victor Victor

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  9. Pensei que o anonymous fosse uma verdadeira possibilidade… a enormidade da eloquência advêm precisamente de ser anonymous.
    No entanto esse anonymous é relativo, já que estou perfeitamente identificado!

    Lamento que o comentário tenha sido “colado” a agressividade, não foi construído com essa intencionalidade. No dia internacional do enfermeiro quis contribuir para a correcta utilização do conceito de promoção de saúde.

    Agradeço vivamente a recomendação da avaliação por um oftalmologista.
    Que no caso de ter diminuição da acuidade visual, esta visita cai dentro do âmbito da prevenção secundária com o objectivo de limitar o dano. Mas, se esta visita ao oftalmologista (ou outro técnico de saúde) não detectar qualquer problema de acuidade visual, será o campo da prevenção primária que foi solicitado, com a sua área de protecção específica (outro exemplo são os exames globais de saúde, efectuados à “entrada-para-a-escola).
    No entanto imaginemos que pretendíamos que determinada população assumisse comportamentos pró-activos, interventivos, assumidos, capacitados que levassem à diminuição significativa dos casos de alteração da acuidade visual, estamos a trabalhar em prevenção primária, no campo “mal-amado”, por “mal-compreendido” da promoção da saúde, uma medida seria por exemplo: diminuir as horas de exposição aos monitores dos computadores?!…

    Está uma manhã linda
    Choveu de noite
    Aqui da janela
    Visualizo com dificuldade uma mancha amarela…
    Será um eléctrico?
    Ou um…

    A oftalmologia aguarda-me.

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  10. Comentário breve e restrito (colto mais tarde para comentar as entradas).

    Anonymous, bem vindo à conversa.
    Pode ser que a leitura das palavras não seja justaponível à intenção com que foram escritas.
    Parece ser este o caso.
    E a recomendação pretendia ser bem-humorada, em resposta.

    Como não sei de quem se trata, e também não careço desse «identificado» para conversar, sinto-me, como quase sempre, livre de expressar opinião. E de reajustar, sempre que se (me) justifique.
    Com a convicção de que o “mal-amado”, como afirma, representa uma das maiores responsabilidades dos profissionais de saúde para com o amanhã, e o futuro.

    Até logo.

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  11. Lucília? Se calhar vais dizer que sou chato mas porque se chama “Dia Internacional dos Enfermeiros”? Eu detesto quando se fala de “ProfessoR-adjuntO Maria da Graça…”. Porquê a referência sexista? Porque não “Dia Internacional da Enfermagem”?

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  12. Paulo? Porque havia de dizer que és «chato»?? por mim, “passo a vida” a tomar conta das palavras…

    E não é plural, é singular
    “D. I. dO enfermeirO”

    Dois pontos em comentário-resposta:

    1 – O Dia é do profissional concreto e não da profissão; enquadra este raciocínio, por exemplo, no facto de não existir um «Regulamento de exercício profissional de enfermagem» mas um «Regulamento do exercício profissional do enfermeiro» (e o mesmo para o Código Deontológico).
    Importa relevar a acção individual, conscientes que o acto de cada um se reflecte na profissão.

    2 – A referência é de género em algumas línguas – quero dizer que «Nurse International Day» não representa o mesmo que «Dia Internacional do Enfermeiro» (já sabias, sei…)
    A utilização do «género universal masculino» não é utilizada em alguns países – por exemplo, as organizações de língua francesa usam ambos os géneros (Enfermeiros e Enfermeiras).

    Em Portugal, em relação ao género universal e, invento eu, na sequência da ligação ao ICN, usa-se uma designação – e é enfermeiro.

    Como vejo isto, eu mesma?!
    numa profissão em que 83/84% são pessoas do sexo feminino e 17/18% do sexo masculino?
    pode ver-se como protecção das minorias?
    como reconhecimento de que Portugal foi um dos poucos países em que sempre houve homens na profissão?
    como simplificação de linguagem, em vez de usar ambas as palavras – podia ser: Dia Internacional do Enfermeiro e Enfermeira…
    mas da Enfermagem, não, sendo algo que só se realiza nas pessoas..

    Lá me estendo eu nas conversas 😉

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  13. Compreendo e aceito os teus argumentos menos o da “protecção das minorias”. Acho que com os Assistentes Sociais passa-se algo semelhante…

    Se se substituísse “Enfermeiro” por “Profissional de Enfermagem” seria muito diferente? Sei que tal não dispensa a contração “do” mas… sei lá… parece-me que o “pecado” seria menor…

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  14. Paulo, esse argumento era (evidentemente?) a brincar…

    Concordo com o “pecado”, ainda que linguisticamente pareça correcto ser o D. I. do Enfermeiro.
    «Profissional de Enfermagem»? longo, hem?
    preferia «enfermeira e enfermeiro».

    (Ah, e por pecados, estava à espera de te ver comentar o primeiro… risos).

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