Os candeeiros de chaminé de vidro foram muito usados até meados do século passado e, em abono da verdade, até aos anos 80 e 90, em meios rurais onde não tinha chegado a eletricidade.
Estes candeeiros compõem-se de “pé”, “cabeça” e “chaminé” embora tenham formatos diferentes, havendo mesmo os que não têm pé, começando logo no depósito no qual existe uma argola por onde se pega. O vidro é normalmente transparente o que facilita ver o abastecimento que possui e o tamanho da torcida.
Tanto o pé como a chaminé são de vidro e há variadíssimos motivos decorativos no pé, que inclui o depósito.
As chaminés são praticamente iguais, com pequenas diferenças na parte superior. E é preciso cuidado a encaixá-la entre os metais… O borrão que formava a torcida tinha de ser frequentemente cortado para que desse melhor luz e era tarefa diária limpar a chaminé que se tisnava com facilidade, principalmente se a torcida não estava limpa.
Aliás, uma boa forma de ficar com a chaminé chamuscada era a torcida estar esfiapada ou a queimar mal… Para os acender, retira-se a chaminé e encosta-se um fósforo aceso à torcida. Para apagar, levanta-se a chaminé e com um sopro, apaga-se. Ou nem se mexe na chaminé e apaga-se por cima 🙂
Sou de uma geração que nasceu à luz dos candeeiros de petróleo… À luz do petróleo se jantava e se contavam histórias de família.