Alguns livros (e filmes) demarcam-se de forma icónica, com símbolos e imagens que os identificam de forma única. E, sendo símbolos, são quase sempre mais do que simbólicos. Nos livros “The Hunger Games”, o “Mockingjay” começa por ser um alfinete
“I fasten the pin onto my shirt, and with the dark green fabric as a background, I can almost imagine the mockingjay flying through the trees.” – Katniss
O Mockingjay (Mimo-gaio) é resultado de uma experiência falhada – o governo de Panem tinha criado os Jabberjays para espiar os inimigos da Capital, com a habilidade de memorizar e repetir conversas; quando os rebeldes perceberam, passaram a usar os Jabberjays contra a Capital, enviando falsas informações . Assim, o governo abandonou os pássaros para morrerem na floresta – mas os Jabberjays machos acasalaram-se com Mockingbirds fêmeas, surgindo os Mockingjays, que têem a capacidade de repetir melodias humanas e de se protegerem na floresta selvagem; a incapacidade do governo em controlá-los contribuíu para fazer deles um símbolo da causa rebelde.
Se olharmos as capas dos livros, no segundo o Mimo-gaio está dentro de um círculo que se romperá no terceiro, na simbologia da rebelião contra a Capital.
A saudação com o braço e três dedos levantados também se transforma em símbolo da rebelião contra o totalitarismo. Em Panem, como em qualquer universo (distópico ou não), os símbolos têm significados específicos, ligados a eventos, episódios, pessoas, histórias. E, especialmente, a aspirações e causas.