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A 22 de Janeiro de 1561 nasceu Francis Bacon, filósofo inglês, filho de Sir Nicholas Bacon e de Lady Anne Cooke. Frequentou Cambridge, viveu em Paris e começou carreira como político e jurista, ascendendo aos mais elevados cargos – foi advogado geral em 1613, membro do Conselho particular em 1616, chanceler do reino em 1618. Agraciado por Jaime I com os títulos de Barão de Verulamo e Visconde de S. Albano, foi entretanto acusado de concussão – condenado pelo Parlamento a uma multa avultuada, foi perdoado pelo rei e retirou-se para as suas terras, dedicando-se inteiramente aos estudos. Faleceu em 1626.
Pensador do empirismo, enalteceu a experiência e o método dedutivo. Era seu lema que se vivia melhor na vida oculta – bene vixit qui bene latuit. Desejava ser filósofo e estadista, como Séneca – achava que os estudos não podiam ser um fim ou a sabedoria por si sós, e que o conhecimento não aplicado em acção era uma pálida vaidade académica.
“Dedicar-se em demasia aos estudos é indolência; usá-los em demasia como ornamento é afectação; fazer julgamentos seguindo inteiramente as suas regras é o capricho de um scholar.“
Algumas palavras suas lembram Sócrates: “sem filosofia, não quero viver“.
Da auto-descrição descreve-se como “um homem naturalmente mais propenso à literatura do que a qualquer outra coisa, e levado por algum destino, contra a inclinação de seu gênio” (isto é caráter), a «vida ativa».”
Os Ensaios (1597-1623) mostram-no indeciso entre dois amores, a política e a filosofia.
No Ensaio sobre a Honra e a Reputação, dá todos os graus de honra a realizações políticas e militares; no ensaio Da Verdade, escreve: “A indagação da verdade, que é namorá-la ou cortejá-la; o conhecimento da verdade, que é o elogio a ela; e a crença na verdade, que é gozá-la, são o bem soberano das naturezas humanas.”
“Instauratio Magna“ seria a sua obra principal, a summa philosophica dos tempos novos, vasta síntese que deveria ter compreendido seis grandes partes das quais terminou apenas duas, deixando sobre o resto esboços e fragmentos.
O que mais interessava a Bacon era a ciência da natureza, e, portanto, o Novum organum deveria conter precisamente as regras para a construção da ciência da natureza. Entendia que o verdadeiro método da indução científica compreende uma parte negativa ou crítica, e uma parte positiva ou construtiva – a parte negativa consiste em alertar a mente contra os erros comuns, quando procura a conquista da ciência verdadeira.
“The world’s a bubble and the life of man less than a span.”
Francis Bacon
The mysterious life of Francis Bacon
Sir Francis Bacon
Life of Sir Francis Bacon
Obras:
Essays
New Atlantis