26 maio 1911, Museu Nacional de Soares dos Reis

O Museu Portuense, primeiro museu público do país, passou a denominar-se Museu Soares dos Reis.

O Museu Nacional de Soares dos Reis foi fundado em 1833 sob a égide do liberalismo. Destinou-se a recolher os bens confiscados aos conventos abandonados do Porto e aos extintos de fora do Porto (mosteiros de S. Martinho de Tibães e de Santa Cruz de Coimbra). O saque decorreu durante a guerra civil que opôs absolutistas e liberais, chefiados pelo regente D. Pedro, duque de Bragança.

Com a designação de Museu Portuense de Pinturas e Estampas, instalou-se no Convento de Santo António, na zona oriental da cidade (Jardim de S. Lázaro), sob direcção do pintor João Baptista Ribeiro. Seguia um programa cultural e pedagógico inovador, de apoio aos artistas da Academia Portuense de Belas Artes e divulgação da arte mediante a organização de exposições públicas.

Foi confirmado por D. Maria II em 1836, no âmbito das reformas da instrução pública levadas a cabo pelo ministro Passos Manuel. Em 1839 o acervo do Museu transitou para a direção da Academia Portuense de Belas-Artes, o que levou a um fortalecimento da relação entre o museu e o ensino artístico no século XIX. O contributo da galeria de S. Lázaro consistia na organização das exposições trienais que tiveram como resultado a reunião de pintura e escultura do Porto oitocentista. Esta colecção forma uma das partes mais consistentes do acervo documentando o retrato, a cena de costumes e a paisagem de influência naturalista.

No âmbito das reformas institucionais da República em 1911, com uma política museológica descentralizada e tendente à especialização, inscreve-se a criação do Museu Soares dos Reis, evocativo do primeiro pensionista do Estado em escultura pela Academia Portuense de Belas Artes: António Soares dos Reis, o célebre autor do Desterrado.

cf aqui ou aqui

visita ao museu

Museu da Saúde, Lisboa

Constatei que muita gente não sabe (sabia) da sua existência e resolvi divulgar aqui. Fica num pavilhão do Hospital de Santo António dos Capuchos (antigo serviço de Neurocirurgia).

https://museudasaude.inwebonline.net/

Gostei da visita (com estudantes do 1º ano do CLE é mesmo outra coisa!).

E não podendo ir ao local, o site é organizado e permite pesquisa por objetos e por coleção. website aqui.

sugestão: visite o Museu Virtual da Enfermagem polaca

Uma iniciativa muito interessante da Associação Polaca de Enfermeiros, que estabeleceu uma Comissão de História de Enfermagem The Commission of History and the Main Archive of Polish Nursing

De acesso livre, um Museu Virtual da História de Enfermagem Polaca, de que só percebo a tradução inglesa do website 🙂

Dear Internauts,

The Commission of History at the Polish Nurses’ Association Main Board kindly invites to the journey through the Virtual Museum of Polish Nursing.

Thanks to the project developed by the Polish Nurses’ Association in cooperation with the Foundation for Polish Nursing Development, co-funded by the Citizens Initiatives Fund’s Operational Programme, we can realize a dream about dissemination tie idea and history of this unique profession.

History of Polish nursing is interrelated closely with history of our nation. It’s development is determined by political, economic, and social situation, as well as a health care reforms. Nurses were present at fronts, barricades and entrenchments, helping the civilians during conflicts, catastrophes and disasters. In time of peace they serve with their knowledge and competencies people in every age and health status, disregarding their origin, race, beliefs or opinions. They are members of numerous organizations, both national and international, and continuously develop their qualifications.

The Museum attempts to present our heritage, memory, and  gratitude towards our predecessors. It is also a challenge for next generations of nurses. We encourage to learn more about our history, as an integral element of national heritage, Polish history, history of medicine, religious convents, and – last but not least – Polish women. Knowledge about one’s roots helps in developing professional identity, affiliation, relations, and pride. It inspires and enforces in work towards professional development.

The documents available at this stage of the Museum development make only a small part of the whole collection. We are convinced it will be included here in near future. Believing that there are many documents hiding nurses’ histories in your drawers or recesses, we hope for your cooperation.

Please feel invited.

There is no tomorrow without today.

Today will be yesterday tomorrow, and history in fact.

Knowledge about one’s roots helps in developing affiliation, relations, pride, and professional identity. It inspires and enforces for work on the profession’s development.

Krystyna Wolska-Lipiec

“Tutankamon — Tesouros do Egipto”

A exposição, patente no Pavilhão de Portugal, em Lisboa, apresenta a recriação à escala real do túmulo de Tutankamon, incluindo a antecâmara e a sala do Tesouro. Aliás, Tutankamon ficou famoso pelo seu túmulo intacto e Howard Carter por tê-lo descoberto em 1922.

Tutankamon, o “Faraó Menino”, casou aos 8 anos com a sua meia-irmã, Anchesenamon; terá assumido o trono quando tinha nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses  (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu aos 19 anos de idade, em 1.327 a.C., tendo sido o último faraó da 18ª dinastia. A câmara funerária foi aberta de forma oficial no dia 16 de Fevereiro de 1923. Estava preenchida por quatro capelas em madeira dourada encaixadas umas nas outras, que protegiam um sarcófago em quartzito de forma rectangular, seguindo a tradição da forma dos sarcófagos da XVIII dinastia. Em cada um dos cantos do sarcófago estão representadas as deusas Ísis, Néftis, Neith e Selket. Dentro do sarcófago encontravam-se três caixões antropomórficos, encontrando-se a múmia no último destes caixões; sobre a face a múmia tinha a famosa máscara funerária.

O documentário não é interessante; os paineis e fotos antigas, sim. Algumas réplicas da antecâmara e da Sala do Tesouro estão bem conseguidas. Dizem que na exposição estão presentes mais de cem réplicas dos achados encontrados no túmulo de Tutankamon no Vale dos Reis, no Egipto (não as contei, em bom rigor…). Para mim, que vi a maior parte das peças originais no Museu do Cairo, esta exposição fica aquém mas também pode ser do ambiente e da própria disposição dos espaços.

 

Raridade: biombo Namban

Biombo Namban

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BIOMBO japonês de seis folhas, datado da primeira metade do século XIX, e assinado Tsuda Dou-sen, aprendiz de Kano Doushou, da Escola Kano. A maioria dos biombos Namban não possui assinatura nem selos. A presença de ambos neste biombo faz dele uma raridade. A sua gramática decorativa é conhecida no Japão por Namban-jin Ko-eki zu, que se traduz por “cenas de comércio com figuras Namban”.

A dominar o centro do biombo, uma interessante e vivida cena festiva, onde se podem ver ocidentais e japoneses a dançar juntos, ao som de shamisen e de outros instrumentos.

Além de ser raro, é belíssimo…