Dia Mundial do Ambiente

Hoje é Dia Mundial do Ambiente…. tanto para dizer sobre o assunto, tanto sobre o pouco que fazemos para proteger o nosso planeta.

Evoco Hans Jonas: “Age de tal modo que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência duma vida humana autêntica na Terra”

“Almada, natureza revelada”

“Numa parceria entre um fotógrafo de Natureza residente em Almada, a Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação, e a CMA, decorre há cerca de um ano um projeto que pretende dar a conhecer, em imagens, o importante património natural que existe no concelho. O seu nome é “Almada Natureza Revelada”. O projeto vem dar corpo aos vários estudos de caracterização da biodiversidade do território e ao mais recente Plano de Ação Local para a Biodiversidade que a autarquia tem vindo a desenvolver.

A missão deste projeto é desvendar, através de imagens fotográficas, como a Natureza no concelho é rica e diversa. A Natureza não está só nas longínquas florestas da Amazónia, nos recifes de coral australianos ou nas savanas de África. Ela está também nas dunas da Costa da Caparica, na Mata dos Medos, nas falésias ribeirinhas do concelho, nos vários parques e jardins de Almada, nas árvores que ladeiam uma avenida, nos quintais e até nos vasos de uma varanda.

O projeto pretende assim revelar a biodiversidade que existe perto de nós, nas diferentes paisagens que o concelho apresenta, dando um particular destaque às zonas urbanas do território. Esta Natureza “já ao virar da esquina”, frágil e preciosa, contribui para a nossa qualidade de vida e para a resiliência dos ecossistemas dos quais dependemos.”

28 de maio a 10 de junho de 2012 (Almada)

finalmente… UNESCO reconhece água potável como direito humano



Água… diria que para nos é um recurso essencial de que cuidamos pouco. Abrimos uma torneira e ela jorra. Em nós, corre uma elevada percentagem de água… Mas como todos os bens e recursos essenciais à vida, é finita….

“As Cimeiras do Milénio e de Joanesburgo concluíram sobre a necessidade de reduzir para metade, até 2015, a percentagem de pessoas no mundo sem acesso à água potável e sem saneamento básico e de acabar com a exploração insustentável dos recursos hídricos. Foi ainda reconhecido o papel-chave da água na agricultura, na energia, na saúde, na biodiversidade e nos ecossistemas assim como no combate à pobreza. Já na Cimeira de Joanesburgo, em 2002, a UNESCO sublinhou a dimensão ética colocada pela questão da água, afirmando que “o acesso à água é considerado como um direito humano fundamental”.

Após mais de 15 anos de debates sobre a questão, 122 países votaram a favor de uma resolução de compromisso redigida pela Bolívia que consagra este direito, enquanto 41 outros se abstiveram.  O documento refere ainda que a água está actualmente no centro de uma crise sem precedentes que tem por principais factores o aumento da população, a poluição, a insuficiente gestão dos recursos hídricos, alterações climáticas, entre outros factores. Mas também como é sublinhado no Relatório Mundial sobre a Água publicado em 2003 sobre a escassez da água no mundo, esta crise deve-se também à inércia política e à falta de uma tomada de consciência das populações.”

IN Ciência Hoje

HP 2010 – vamos apagar as luzes

A Hora do Planeta é a maior iniciativa de luta mundial contra as alterações climáticas, promovida pela WWF, a organização global de conservação.

Teve início em 2007, na cidade australiana de Sidney. A intenção foi, na altura, alertar de forma simbólica – apagando as luzes por uma hora – a população australiana para a necessidade de protegermos o Planeta contra os efeitos das alterações climáticas. Dois milhões de pessoas desligaram as luzes.

Em 2009, mais de 1.2 mil milhões de pessoas aderiram à Hora do Planeta em  88 países, 4000 cidades, 11 das quais portuguesas. Este ano, espera-se que a participação na Hora do Planeta seja ainda maior e que milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo em Portugal, possam aderir a esta iniciativa.

No sábado, 27 de Março de 2010, entre as 20H30 e as 21H30, cidadãos e empresas em todo o mundo apagarão as luzes durante uma hora, a Hora do Planeta, para mostrar como unidos podemos fazer a diferença na luta contra alterações climáticas.

Pelo segundo ano consecutivo, Portugal adere à Hora do Planeta. Já foram confirmadas oficialmente as cidades de Lisboa, Faro, Loulé, Águeda, Aveiro e Vila Nova de Famalicão. Monumentos nacionais (como: Cristo-Rei, Castelo de São Jorge, Museu da Electricidade e Padrão das Descobertas em Lisboa; Arco e Muralhas da Cidade de Faro; Biblioteca Manuel Alegre, em Águeda; ou o Mosteiro do Landim, em Vila Nova de Famalicão) engrossam a lista de mais de 70 monumentos que em todo o mundo irão ficar às escuras em nome desta mensagem poderosa da WWF e da Hora do Planeta: ajudar a manter o nosso Planeta Vivo!

Já sabe, sábado, às 20h30, apague as luzes.

Carta Internacional – Espaço e Grandes catástrofes

 International Charter Space and Major Disasters consiste num protocolo que engloba várias agências espaciais que se destina a intervir em desastres naturais e tecnológicos.

Charter On Cooperation To Achieve The Coordinated Use Of Space Facilities In The Event Of  Natural Or Technological Disasters

The International Charter aims at providing a unified system of space data acquisition and delivery to those affected by natural or man-made disasters through Authorized Users. Each member agency has committed resources to support the provisions of the Charter and thus is helping to mitigate the effects of disasters on human life and property. 

O objectivo da Carta visa melhorar a eficácia e a organização das operações de socorro nas regiões afectadas, prevenir acidentes e optimizar a reconstrução das infra-estruturas destruídas. A carta foi criada em 2000 por iniciativa da Agência Espacial Europeia – as agências signatárias disponibilizam os seus meios gratuitamente (satélites, centros de tratamento de dados e de telecomunicações, etc.) aos países afectados por ciclones, tremores de terra, marés negras, inundações, incêndios ou erupções vulcânicas. Os satélites Envisat e ERS-2 são os dois principais instrumentos de observação disponibilizados pela ESA em caso de catástrofe.

Em 2010,a Carta já teve 9 activações – 1 de Março (ontem) no Chile e Ucrânia; 12 Fevereiro, ciclone nas Pacific Islands, 28 Janeiro, inundações no Perú; 26 Janeiro, inundações na Bolívia; 21 Janeiro, faixa de Gaza; 13 Janeiro, terramoto Haiti; 7 Janeiro, terramoto nas Ilhas Salomão; 5 Janeiro, cheias na Albânia; 4 de Janeiro, tempestade de neve na China.

Home, o “planeta azul”…

home

HOME, o mundo é a nossa casa

Yann Arthus-Bertrand leva-nos numa viagem original à volta da Terra, para que possamos contemplá-la e entendê-la.

E algumas imagens são mesmo de perder o fôlego 🙂

Como dizem os spots publicitários,”Home” ajuda a perceber a nossa relação com o planeta e encoraja-nos a proteger o nosso Mundo!

Website oficial: http://www.home-2009.com

Não deixe de se deixar aliciar por uma visita rápida aqui…..

à nossa volta, o planeta

oil-on-water

(foto aqui)

“.. há uma face recalcada e inquietante nesta estimativa do portento que é o homem, e ninguém pode tomá-lo por destemperada bazófia.

Com todo o seu ilimitado expediente, o homem ainda é pequeno pela medida dos elementos: é precisamente isto que torna tão ousadas as suas incursões neles e permite que esses elementos tolerem o seu atrevimento.”

JONAS, Hans – Ética, medicina e técnica. Edit. Vega, 1994. p.35

É de Kant o imperativo: “Age de tal modo que possas querer também que a tua máxima se converta em lei universal”.

Hans Jonas apresentou imperativos para o novo tipo de acções em reflexão:

“Age de tal modo que os efeitos da tua acção sejam compatíveis com a permanência duma vida humana autêntica na Terra”

ou

“Age de tal modo que os efeitos da tua acção não sejam destrutivos para a futura possibilidade dessa Vida”

ou

“ Inclui na tua eleição presente, como objecto também do teu querer, a futura integridade do Homem”

ou

“Não ponhas em perigo as condições da continuidade indefinida da Humanidade na Terra”

Hans Jonas, Ecoética

Dia Mundial da Água

Pode valer pouco, mas transcrevo a

Carta escrita no ano 2070

Estamos no ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas, já que não temos a capa de ozono que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastro-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. As pessoas que não pode pagar são retiradas das “zonas ventiladas”, que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da industria contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quão saudável que as pessoas eram.
Ela pergunta-me: “Papai, porque acabou a água?” Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso Planeta Terra!

Extraído da revista “Crónicas de los Tiempos”

CHANGE


Campanha da Comissão Europeia Você pode controlar a mudança do clima
usa quatro palavras chave:
Reduza.
Desligue.
Recicle.
Ande a pé.
Que culminam numa quinta:
Mude
.


As alterações climáticas são um problema global e, no entanto, cada um de nós pode fazer a diferença. Mesmo as mais pequenas alterações na nossa rotina diária podem ajudar a evitar as emissões de gases de efeito de estufa sem afectar a nossa qualidade de vida. Na realidade, podem até representar uma poupança de dinheiro.

Muito feliz o jogo de change – mudança – e change – mude o seu comportamento e assuma o controle.
A jeito, veja a sua pégada de carbono.

Dois anos… Protocolo de Quioto

As actividades humanas são responsáveis pelo aumento da concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, que tem como consequências as alterações climáticas constatadas no planeta, afectando o ambiente e a saúde pública.

O comissário europeu para o Ambiente apelou ontem, em Washington, à comunidade internacional que inicie urgentemente negociações de um novo tratado contra as alterações climáticas.

“Perante as mais recentes projecções, que são alarmantes, feitas pelo Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas, a comunidade internacional deve iniciar com urgência negociações para um novo acordo abrangente e ambicioso que suceda a Quioto”, sublinhou Stavros Dimas.

Os (500) delegados do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas, a semana passada, previram que o planeta vai aquecer entre 1,8 e quatro graus até ao final do século e o nível dos mares subirá até 58 centímetros, fazendo multiplicar secas e vagas de calor.

O Protocolo de Quioto representou o primeiro passo concreto no sentido da redução da emissão de gases com efeito de estufa (GEE). Todavia, não basta.

Os Estados Unidos e a Austrália não ratificaram o protocolo, que prevê uma redução global de 5,2% até 2012 das emissões de GEE – responsáveis pelo aquecimento global e as alterações climáticas – em relação aos valores de 1990.

“Nós e o Mundo” vs. “Nós no Mundo”…

A civilização e os crimes contra a natureza andaram (e andam ainda, pois) de mãos dadas.
O desrespeito gritante pelo mundo natural em que vivemos parece remanescer de tempos muito antigos, em que se glorificava o domínio do homem sobre a natureza, sobre os elementos… Tempos da roda, da briga, da espada, da cidade com muro de pedra!
A natureza estava lá para servir(-nos).
E fomos dando pouca conta do que tinha, por nossa acção também, mudado.

O século passado marcou de forma exacerbada a sua passagem no e pelo planeta.
Demos conta de coisas bizarras… que o oceano não é inexaurível, por exemplo!
Mesmo mudando algumas coisas, há quem pense que, hoje, proteger o ambiente e triar os lixos se destina à preservação da vida humana. Também sim. Não estritamente.

Vamos ter de entender que o binómio homem-natureza, não se resolve em nós e o mundo.
Não é bem um registo de «nós e o mundo» mas «nós no mundo».
E isso faz toda a diferença, do fazer parte, do ser parte…

“.. há uma face recalcada e inquietante nesta estimativa do portento que é o homem, e ninguém pode tomá-lo por destemperada bazófia. Com todo o seu ilimitado expediente, o homem ainda é pequeno pela medida dos elementos: é precisamente isto que torna tão ousadas as suas incursões neles e permite que esses elementos tolerem o seu atrevimento.”
JONAS, Hans – Ética, medicina e técnica. Edit. Vega, 1994. p.35