Livros e Leituras

Desta vez, a recomendação de leitura é da vizinhança.

Do aprender e ensinar, linko a referência ao trabalho de L. Dee Fink,
Creating significant learning experiences“.

Na sequência das alterações pedagógicas que se discutem actualmente e face ao papel do professor como promotor do desenvolvimento pessoal e profissional, Dee Fink configura as “experiências de aprendizagem significativas”, definindo critérios de qualidade com base em
desafio para aprendizagem significativa:
– utilização de formas de aprendizagem activas;
– a preocupação como elemento central – seja com os conteúdos, com os estudantes e com os processos de ensino/aprendizagem;
– a interacção e relação interpessoal
– um sistema de feedback, avaliação e classificação.

A par e passo, prometo desde já explicitar um texto (obrigado, LM) sobre o trabalho de Bersith Karseth, Universidade de Oslo, centrado na Educação em enfermagem. Afinal, um campo extraordinário pela reunião dos diversos domínios e pela reflexidade que requer.
Que em enfermagem, como em outros campos parece agora abrir-se, conta mesmo uma configuração de aprendizagem significativa.

Conversamos?!

pensamento do dia

“Quando eu vivia num dos campos de concentração da Alemanha Nazi, pude observar que alguns dos prisioneiros andavam de barraca em barraca, consolando outros, distribuindo as suas últimas fatias de pão. Podem ter sido poucos, mas ensinaram-me uma lição que jamais esqueci:

tudo pode ser tirado de um homem, menos a última das suas liberdades – escolher de que maneira vai agir diante das circunstâncias do seu destino”.

Vicktor Frankl

“Nós e o Mundo” vs. “Nós no Mundo”…

A civilização e os crimes contra a natureza andaram (e andam ainda, pois) de mãos dadas.
O desrespeito gritante pelo mundo natural em que vivemos parece remanescer de tempos muito antigos, em que se glorificava o domínio do homem sobre a natureza, sobre os elementos… Tempos da roda, da briga, da espada, da cidade com muro de pedra!
A natureza estava lá para servir(-nos).
E fomos dando pouca conta do que tinha, por nossa acção também, mudado.

O século passado marcou de forma exacerbada a sua passagem no e pelo planeta.
Demos conta de coisas bizarras… que o oceano não é inexaurível, por exemplo!
Mesmo mudando algumas coisas, há quem pense que, hoje, proteger o ambiente e triar os lixos se destina à preservação da vida humana. Também sim. Não estritamente.

Vamos ter de entender que o binómio homem-natureza, não se resolve em nós e o mundo.
Não é bem um registo de «nós e o mundo» mas «nós no mundo».
E isso faz toda a diferença, do fazer parte, do ser parte…

“.. há uma face recalcada e inquietante nesta estimativa do portento que é o homem, e ninguém pode tomá-lo por destemperada bazófia. Com todo o seu ilimitado expediente, o homem ainda é pequeno pela medida dos elementos: é precisamente isto que torna tão ousadas as suas incursões neles e permite que esses elementos tolerem o seu atrevimento.”
JONAS, Hans – Ética, medicina e técnica. Edit. Vega, 1994. p.35

hino à amizade, a propósito de um aniversário

A amizade é qualquer coisa de extraordinário, que só pode mesmo ser vivida e reconhecida, na sua excepcionalidade.

Feita de entendimento e aceitação do Outro, a amizade não é apenas “uma coisa necessária, mas também uma coisa nobre” (afirma Aristóteles).
Epicuro não dizia outra coisa: “Toda amizade é por si mesma uma excelência”, em outras palavras, uma virtude, e essa virtude acarreta, com respeito a nossos amigos, ou acarretaria, se soubéssemos vivê-la até o fim, todas as demais.

É a “virtude por excelência, pois não é possível criar normas que a excedam ou leis que a restrinjam.” Reforça a singularidade de cada um e “inscreve a sua sumptuosidade por cima de quaisquer obrigações que não sejam provenientes dela”. Assim o afirma Michel Onfray (A Escultura do Eu) e assim o fui e vou descobrindo.

Parabéns, em dia de festa, minha amiga fã-de-Dali.

saber esperar

É um dos cinco saberes complexos, de Morin.
A espera traz a dimensão do tempo e a nossa época parece dar primazia ao tempo medido em relação ao vivido – a dimensão quantitativa, de transformar o tempo numa coisa, quase numa espécie de mercadoria. Numa concepção linear do tempo, caminhamos sobre uma recta, em direcção a uma meta final (a morte). Essa linearidade contribui para que encaremos a morte como um ponto final que nos apavora e não como um dado da vida. Tende a fazer com que desvalorizemos a passagem, a trajetória, e tudo aquilo que com ela se relaciona – o que dificulta a prática da tolerância, da serenidade e da compaixão.

Todavia, do ponto de vista qualitativo, o tempo não se ganha nem se perde: vive-se.
É preciso reaprender a aguardar o nascer do dia, o cair da noite, a chegada de uma estação do ano, as fases da lua, o desenvolvimento de uma ideia. Os ciclos da vida incluem o tempo de espera. Vivemos neles e eles em nós. Há coisas que não adiante perseguir – aliás, a experiência mostra (e insistimos em não aprender com) que é a ansiosa perseguição da felicidade que muitas vezes nos faz infelizes.

Saber esperar não é uma condição que deriva de um conjunto de regras, de um sistema filosófico ou de um posicionamento pragmática. Trata-se de uma dimensão importante da condição humana, e negá-la é negar a própria essência do viver. Da vida, da qual nos queixamos, e à qual, ao mesmo tempo, nos apegamos.

dar conta de…

Education Best Practices
duas pontes, para quem está interessado no assunto…

Electronic Portfolios
Visit this site to learn how more teachers are using electronic portfolios to assess student learning.

Digital Portfolios
Portfolios demonstrate what is important to students, their unique knowledge and skills. Study the list of Strategic Considerations for Digital Portfolios.

dar conta de…

Para quem estuda uma certa área, é sempre saber de sites que possam constituir recurso interessante.
De preferência, seguro.

É o caso de Ethics Updates
“. . . dedicated to promoting the thoughtful discussion of difficult moral issues.”
Fundado em 1994
& editado por Lawrence M. Hinmann, University of San Diego.

gosto por provérbios

Gosto de provérbios. Enviaram-me hoje, com formato bem humorado, provérbios para gente culta:

Expõe-me com quem deambulas e a tua idiossincrasia augurarei.
(Diz-me com quem andas e te direi quem és)

Espécime avícola na cavidade metacárpica, supera os congéneres revolteando em duplicado.
(Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar)

Ausência de percepção ocular, insensibiliza órgão cardial.
(Olhos que não vêem, coração que não sente)

Equídeo objecto de dádiva, não é passível de observação odontológica.
(A cavalo dado não se olham os dentes)

O globo ocular do proprietário torna obesos os bovinos.
(O olho do amo engorda o gado)

Idêntico ascendente, idêntico descendente.
(Tal pai, tal filho)

Autor desconhecido (Obrigada, GS)