Pareceu-me tão interessante ouvir os pássaros e saber alguma coisinha sobre eles, que a série “Aves”, assente em trazer dados do Aves de Portugal, se transformou numa sequência (ou série) de abril a julho. Entretanto o Portal também mudou
Tal como as outras cotovias, esta espécie tem a plumagem de tons acastanhados.A pequena poupa é a característica mais saliente e que permite facilmente identificar a ave como sendo do género Galerida. A distinção da cotovia-montesina é bastante difícil e faz-se sobretudo com base na plumagem mais clara, no bico com a mandíbula inferior recta, na contra-asa bege e no canto menos variado.
Um pouco mais pequeno que o melro-preto, caracteriza-se pela plumagem globalmente castanha. As partes inferiores são brancas, sarapintadas de castanho.Distingue-se da tordoveia pelo seu menor tamanho e pela contra-asa amarela e não branca.
O nome desta espécie engana bastante, pois assemelha-se mais a uma andorinha-do-mar que a uma perdiz e além disso não vive no mar. Quando em voo, apresenta a barriga branca, o peito e a garganta escuros, as asas pontiagudas e escuras, sendo contudo vermelhas na face inferior, e a cauda bifurcada. O uropigio é branco. Quando está pousada, é bastante visível o bico curto com tons vermelhos e a ponta preta, a garganta amarela orlada por uma lista preta, os olhos grandes e escuros, o dorso castanho e a barriga amarelada. As primárias são pretas, bastante contrastantes com o resto da parte superior das asas. ouvir e continuar a ler
Grande ave de cor negra, que à primeira vista pode levar o observador a pensar tratar-se de uma ave de rapina. Distingue-se da gralha-preta pelo facto de planar frequentemente, voando em círculos, e também pela cauda longa e cuneiforme. A sua vocalização (“kro-kro”) confirma a sua identificação.
Identificação É um passeriforme de tamanho médio, um pouco mais pequeno que o melro-preto. O macho é facilmente identificável pela sua cor azul, que é particularmente intensa durante a época de reprodução e um pouco mais mortiça no Inverno. As asas são mais escuras e são frequentemente mantidas em posição “descaída”. A fêmea é acinzentada e os juvenis apresentam frequentemente manchas no peito. Pode ser confundido com o melro-das-rochas, mas este último tem a cauda e o peito cor-de- fogo.
Abundância e calendário O melro-azul é residente em Portugal e pode ser observado no nosso país durante todo o ano. É geralmente uma ave solitária. Distribui-se de norte a sul do país mas a sua distribuição é bastante fragmentada e a espécie não pode ser considerada comum em nenhuma zona do território. No entanto, apresenta um grande sedentarismo e permanece durante todo o ano junto aos seus locais de reprodução, o que faz com que seja fácil de observar em certos locais
Identificação O macho é muito característico e fácil de identificar: peito e ventre cor-de-laranja, cabeça azul-acinzentada e um característico bigode branco. O anel orbital é vermelho. A fêmea apresenta tons mais pálidos, identificando-se pelo seu aspecto “franzino” (por vezes apresenta também um ténue tom rosado no peito). O canto desta espécie assemelha-se ao da felosa-poliglota, sem as imitações iniciais. O chamamento consiste num “tac-tac” seco que faz lembrar o da toutinegra-de- barrete-preto.
Abundância e calendário Embora seja rara no litoral (o que contribui para gerar uma impressão de relativa escassez), esta toutinegra é bastante comum no interior, particularmente no norte e no centro do país. Em certas zonas de Trás-os-Montes é tão comum que chega a ser a ave mais numerosa do género Sylvia. A toutinegra-carrasqueira é uma espécie estival que chega bastante cedo ao território português, sendo habitual observar esta espécie em meados de Março (e, por vezes, em finais de Fevereiro). A passagem migratória outonal dá-se sobretudo em Setembro e Outubro.
Identificação O rouxinol-bravo é uma ave insectívora, tendo por isso um bico fino. A sua plumagem é predominantemente castanha-avermelhada por cima e acinzentada por baixo. As asas são curtas e a cauda é mantida frequentemente levantada. Esta ave esconde-se geralmente por entre a vegetação densa, sendo por isso difícil de observar. Quando decide mostrar-se, pousa em postes ou ramos mais expostos. É mais fácil de detectar e de identificar pelo seu canto característico, que por vezes é ouvido durante a noite.
Abundância e calendário Os seus hábitos furtivos podem dar a ideia de que o rouxinol-bravo é escasso, contudo esta espécie é bastante comum, como aliás se constata a partir do momento em que se conhece o seu canto. Esta ave ocorre sobretudo em zonas de vegetação densa, quase sempre perto de água. É bastante comum em caniçais e tabuais e também ao longo de linhas de água com vegetação ripícola densa. Embora se distribua de norte a sul do país, é claramente mais comum no sul e no litoral, tornando-se mais escasso no norte e no interior.
Identificação Facilmente reconhecido pela enorme mancha alaranjada que se estende da testa até ao peito, e que contrasta enormemente com o abdómen branco e com o dorso e a nuca, acastanhados. Pousa frequentemente no solo numa postura erecta, permitindo visualizar o seu padrão cromático.
Abundância e calendário Durante a Primavera e o Verão é comum no noroeste do país, diminuindo a sua abundância à medida que se avança para sul, sendo escasso na maior parte do Alentejo.No Inverno, distribui-se por todo o território, sendo então abundante, pois a população é reforçada com a chegada de aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte. Embora possa ser observado em Portugal durante todo o ano, no sul do país as melhores probabilidades centram-se no Outono e no Inverno, enquanto que na metade norte, a Primavera é a melhor altura, especialmente quando esta espécie está mais vocal.
Identificação O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir com frequência o seu canto aflautado, sendo este muitas vezes o primeiro sinal da sua presença. Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se tratar de um estorninho-preto, que imita bem o canto do papa-figos.
Identificação Embora se trate de uma espécie facilmente reconhecível, o estorninho pode ser confundido com o melro-preto. Apresenta, tal como este último, o bico amarelado e o corpo escuro, embora a cauda seja mais curta e a postura mais erecta. Distingue-se do melro pelas patas rosadas e pelos tons brilhantes no corpo, que é simultaneamente mais compacto. No Inverno, apresenta pintas claras ao longo do corpo, que o tornam similar ao estorninho-malhado, mas distingue-se deste pela ausência de orlas castanhas nas primárias. Ainda assim, o aspecto geral desta ave face à sua congénere é sempre mais escuro. Os juvenis são castanhos.
Identificação O uropígio branco, contrastando com o dorso e as asas pretas tornam este maçarico relativamente fácil de identificar. O bico e as patas são esverdeados. Quando está pousado assemelha-se vagamente ao maçarico-das-rochas, distinguindo-se pelo maior tamanho, pela plumagem mais escura e pela ausência de reentrância branca no peito. Pode confundir-se com o maçarico-bastardo, do qual se distingue pela ausência de pintas brancas no dorso e pela contra-asa escura.
Identificação As riscas pretas e amarelas que o macho tem na cabeça tornam-no relativamente fácil de identificar. O ventre é amarelo e o dorso é riscado de castanho. A fêmea apresenta um padrão semelhante mas as riscas são muito ténues podendo confundir-se com a escrevedeira-amarela. Tal como as outras escrevedeiras, apresenta uma ondulação na mandíbula inferior, o que confere ao bico uma forma característica.
Identificação Inconfundível. Muitas vezes é detectado quando faz o seu voo rasante e directo. Quando pousado, pode ser facilmente reconhecido pelo dorso e pelas asas azuis e pelo peito e ventre cor-de-laranja. Pousa frequentemente em pequenos postes ou ramos secos, junto à água, a partir de onde pratica a caça à espera. Por ser uma ave tão colorida, é bem conhecida das populações, que por isso baptizaram esta espécie com pelo menos vinte e cinco nomes diferentes. Eis alguns deles: chasco-de-rego, espreita-marés, freirinha, juiz-do-rio, martinho-pescador, passa-rios, pica-peixe, piçorelho, pisco-ribeiro, rei-do-mar.
Identificação Trata-se de uma das mais coloridas espécies na nossa avifauna florestal. A cabeça possui um barrete azul, lista ocular preta e a face branca, enquadradas por um colar preto conferindo-lhe uma máscara facial, típica de alguns chapins. O peito e o abdómen são amarelados, enquanto o dorso é cinzento-azulado. Mexe-se freneticamente pelo meio da folhagem, pelo que nem sempre é fácil apreciar o padrão cromático.
Abundância e calendário Distribui-se por todo o território. Em zonas de montados, florestas mistas e alguns parques e jardins, é uma espécie comum, ocorrendo durante todo o ano. Localmente pode ser abundante, sobretudo em zonas com árvores velhas e frondosas.