“Para definir a nossa profissão, a natureza da nossa arte, a essência desta totalidade, que toma cada segundo das nossas vidas profissionais e, para falar a verdade, das nossas vidas pessoais também, das nossas aspirações, ligações sociais, nossos sonhos, somos professores. Damos conhecimento aos outros. Aprendemos com a geração precedente e repassamos á próxima. Essa é a nossa função.”
Relações difíceis… numa história absorvente, de competição em meio académico e científico. Eliezer (Shlomo Bar Aba) e Uriel Shkolnik (Lior Ashkenazi) são ambos estudiosos do Talmude, mas enquanto Uriel (o filho) é reconhecido, recebe prémios e é convidado para fazer importantes conferências, Eliezer (o pai) nunca teve o seu trabalho valorizado. Mais do que as relações conturbadas entre pai e filho (mas também) o filme trata as mesquinharias no ambiente profissional, em que “para ter mais”, “ser mais” ou “poder mais”, algumas pessoas são capazes de tudo. A trama apresenta as intrigas, os embates e manobras dos que têm mais e dos que têm menos poder. Mesmo quando há enganos em telefonemas ou por isso mesmo… Talvez o que mais (me) choca, seja a diferença de grandezas entre os intervenientes… Pungente.
tratando de temas universais como inveja, ambição e ressentimento, a produção de Joseph Cedar foi merecidamente indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012.