Fotografia[s] que fala[m] – Panteras Negras e Olimpíadas 1968

saudacao power black_1968

A saudacão Black Power: os atletas afro-americanos Tommie Smith e John Carlos erguem as mãos enluvadas num gesto de solidariedade nas Olímpiadas de 1968.

“It is perhaps the most iconic sports photograph ever taken.”

fonte aqui

200 metros livres, dois americanos negros no pódio, e entre eles, em segundo lugar, um australiano.

Quando tocou o hino americano, Tommie Smith, medalha de ouro, e John Carlos, de bronze, baixaram ligeiramente a cabeça e ergueram desafiadoramente um braço com luva preta, na saudação consagrada pelos Panteras Negras. O australiano, Peter Norman, deixou claro o seu apoio aos rivais – recebeu a medalha de prata com um distintivo do OPHR (Olympic Project for Human Rights) na camisola.

O Comité Olímpico Internacional condenou severamente o gesto, sob a alegação de que desporto e política não combinam. Smith e Carlos foram  relegados a um virtual ostracismo pelas autoridades que comandavam o atletismo americano mas com o passar dos anos  tornaram-se heróis.

Menos sorte teve o “terceiro homem na foto”. Norman foi, a seguir, ignorado pelo atletismo australiano e pela imprensa.  Só não perdeu a amizade e o reconhecimento dos dois amigos que fez em 1968 no México. No seu funeral, em 2006,  Tommie Smith e John Carlos estavam presentes e carregaram o caixão do amigo branco que, contra todas as probabilidades, entrou para a história dos direitos civis dos negros americanos no que era para ser apenas mais uma competição desportiva.

possibilidades…

931decd3bd6330bb0764d0de475048b1

há imagens de uma total singeleza, que transmitem ao mesmo tempo presença e abandono. Não há como decidir se a mensagem das canas de pesca é mais da espera ou da ausência, se a balaustrada protege ou separa, se o caminho de transforma ou se acaba adiante. E são exatamente estas amplas, abertas possibilidades que tornam a imagem expressiva e inquietante.