12 # intempestivos

… diria Nietzsche que intempestivo é pensar e agir no tempo e contra o tempo, no seu sentido histórico.

Assim, e mesmo gostando da sua invocação – ou melhor, da sua proposta:

“a minha fórmula para a grandeza do homem é amor fati: não querer nada de outro modo, nem para diante, nem para trás, nem em toda eternidade. Não meramente suportar o necessário, e menos ainda dissimulá-lo – todo o idealismo é mendacidade diante do necessário -, mas amá-lo…” –

não me disponho a amar o destino, como recomendou. Não tenho a sabedoria bastante para o aceitar, quanto mais amá-lo… 🙂

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um novo recurso: PORDATA

Foi lançado – hoje – o PORDATA

A PORDATA é um serviço público de informação estatística criado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e à disposição de todos os interessados.

Aqui encontrará milhares de estatísticas e indicadores sobre os mais diversos aspectos da realidade portuguesa. Existem várias maneiras de procurar a informação desejada. É possível fazer uma busca por palavra-chave, como no Google, no Yahoo, no Bing e noutras ferramentas similares. Pode-se aceder por etapas, o que permite visualizar várias possibilidades e ir seleccionando o que se pretende.

O portal permite ainda executar consultas avançadas, incluindo através da selecção de intervalos de tempo ou de anos específicos. Poderá finalmente efectuar os cálculos que quiser e criar os seus próprios indicadores.

Convidamo-lo a explorar este portal e experimentar todas as suas possibilidades: poderá assim compreender melhor um país que nem todos conhecem, o dos factos.

# 11 intempestivos

.. por via de regra,considero que cada um segue o seu caminho, guiado pelos valores que tem, ancorado nas escolhas que pode e é capaz de fazer. Igualmente, por via de regra, entendo que cada um faz o melhor que pode, sempre. Todos temos talentos e habilidades diferentes, e podemos articular-nos e majorar-nos uns aos outros. Seja nos percursos da vida, do mundo, da profissão.

… na generalidade, não tenho paciência para gente que só consegue ver mal no que os outros fazem,  para os discursos em que a maledicência está sempre expressa e manifesta. E apetece dizer muito claramente:  saia à liça e faça melhor. Arregace as mangas e demonstre. É preciso mais coragem para dar a face e o esforço do que para se esconder no reduto da maledicência.  Como diria Arendt, não vale ficar no esconderijo, a coberto das dificuldades, e ir apontando tudo o que os outros deviam fazer. Se os tempos são sombrios, que seja neles que as pessoas se revelem.

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Intenção, motivo e causa

Afirmou Ricoeur que “intenção e motivo são noções conexas; o motivo é motivo de uma intenção (…). A relação é tão estreita que, em certos contextos, motivos e intenções são indiscerníveis, em particular quando a intenção é explícita.”

(O Discurso da Acção, Lisboa, Edições 70,1988, pp. 50-51).

Seguindo o texto, percebemos que a intenção responde ao «que» faço e o motivo diz respeito ao «porquê» faço. Se quisermos, a intenção nomeia o objecto (que é projecto) que preside à acção enquanto o motivo explica, ou seja, apresenta a razão, quer-se fazer compreender.

Nesta altura, Ricoeur refere a existência de um «abismo lógico» entre o motivo e a causa – pois que “classificar algo como motivo é excluir que o classifiquemos como razão de… “.

Temos, portanto, distrinçar entre intenção e motivo e entre motivo e causa.Contemos, ainda, com a relação entre causa e efeito – que podem, ainda assim, ser identificados separadamente e compreender-se a causa “sem que se mencione a sua capacidade de produzir tal ou tal efeito. Um motivo, pelo contrário, é um motivo de: a íntima conexão constituída pela motivação é exclusiva da conexão e contingente da causalidade.”

Dia de S. Valentim

Em muitos países do mundo, hoje é Dia dos Namorados, em honra de S. Valentim.

“O Dia de São Valentim tem a sua origem num acontecimento ocorrido na segunda metade do século século III na cidade de Terni, a 75 km de Roma. …  Claudius II (268 – 270) estava envolvido em diversas campanhas militares consideradas demasiado sangrentas, o que levou a dificuldades na recruta de novos soldados para as legiões romanas. Tendo o Imperador considerado que a razão destas dificuldades residia no facto dos homens não quererem abandonar as suas namoradas, esposas e amantes, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma.Contrariando essa determinação, Valentim, bispo de Terni, continuou a casar jovens apaixonados. Quando o Imperador tomou conhecimento da celebração dessas cerimónias, ordenou a decapitação do bispo Valentim, facto que ocorreu a 14 de Fevereiro de 270.”