#8 | Ilustrações antigas – Alfredo Morais

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“Postais com trajos típicos de várias regiões do nosso país, inseridos numa colecção do Museu de Ovar, realizada pelo mestre aguarelista Alfredo Januário de Moraes (1872-1971), um dos mais activos “trabalhadores” das artes gráficas portuguesas do século XX, exímio na tarefa de ilustrar fascículos populares e romances de aventuras, que foram lidos por milhares de jovens e atravessaram gerações.” In O Gato Alfarrabista

Citação do dia

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“A vida na amplitude tem o sentido ao mesmo tempo de uma prova e de um protesto. Na amplitude, o ser humano expõe-se às possibilidades extremas, que para a vida comum mantém-se abstractas e longínquas, e protesta contra aquelas que, na óptica da quotidianidade, passam por evidentes. Não quer isto dizer que o extraordinário, o excepcional, seja aqui um fim em si mesmo. Longe disso, a procura deliberada do extraordinário continua algo perfeitamente ordinário. O ser humano entra na amplitude submetendo-se ao fascínio dos limites que encerram a sua vida. Ele é obrigado a se defrontar com esses limites conquanto ele aspira à verdade. Aquele que deseja a verdade não se pode permitir de a procurar apenas nos pratos rasos da existência, não se pode deixar adormecer pela quietude da harmonia quotidiana; ele é levado a deixar crescer em si o inquietante, o irreconciliável, o enigmático que a vida comum evita para passar à ordem do dia.”
Jan Patočka, Liberté et Sacrifice -Écrits Politiques, J. Millon, Collection Krisis, Grenoble, 1990, p.36
“La vie dans l’amplitude a le sens à la fois d’une épreuve et d’une protestation. Dans l’amplitude, l’homme s’expose aux possibilités extrêmes, qui pour la vie ordinaire demeure abstraites et lointaines, et proteste contre celles qui, dans l’optique de la quotidienneté, passent pour évidentes. Ce n’est pas dire que l’extraordinaire, l’exceptionnel soit ici fin en soi. Loin de lá, la recherche délibérée de l’extraordinaire demeure quelque chose de parfaitement ordinaire. L’homme entre dans l’amplitude en subissant la fascination des limites qui enserrent sa vie. Il est contraint d’affronter ces limites pour autant qu’il aspire à la vérité. Celui qui veut la vérité ne peut se permettre de
la chercher uniquement dans les plats pays de l’existence, ne peut se laisser s’endormir par la quiétude de l’harmonie quotidienne; il est tenu de laisser croître en lui l’inquiétant, l’irrénconcilié l’énigmatique, ce dont la vie ordinaire se détourne pour passer à l’ordre du jour.”

Dê-se passagem ao Galo de Fogo

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O Ano Novo Chinês começa a 28 de janeiro de 2017, terminará a 15 de fevereiro de 2018 e o seu animal regente será o Galo de Fogo.

Segundo a lenda de Buda, este ano de 2017 terá o galo como guardião – por isso, é esperado que seja um ano repleto de coragem, honestidade e ambição, que são as características mais fortes deste animal (ah, também a impulsividade e a confiança).

Acresce que 2017 pertence ao elemento fogo, portanto, Galo de Fogo.

 

#7 | Ilustrações antigas – Alfredo Morais

Sob o tema «Lua de mel»

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Alfredo de Morais

“Aguarelista e ilustrador, nasceu em Lisboa em 1872. Trabalhou em litografia na Imprensa Nacional e foi professor na Sociedade Nacional de Belas Artes. Fez ilustrações para jornais – como Folha do Povo, Diário da Manhã, O Século, Diário de Notícias, O Mundo – e para numerosos livros, sendo disputadíssimo pelas editoras. De entre estas ilustrou uma tradução de D. José Carcomo de D. Quichote da Mancha e uma adaptação para jovens para a Biblioteca Ideal, ambas nos anos 20 do século XX. Morreu em Lisboa em 1972.”

Citação do dia

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Mas como se faz para observar alguma coisa deixando de lado o eu? De quem são os olhos que olham? Normalmente, pensa-se que o eu é uma pessoa debruçada para fora dos seus próprios olhos como se estivesse no parapeito de uma janela e que observa o mundo que se estende em toda a sua vastidão, ali, diante de si. Portanto: há uma janela que dá para o mundo. Do lado de lá está o mundo; e do lado de cá? Sempre o mundo: que outra coisa queriam que estivesse? Com um pequeno esforço de concentração, Palomar consegue deslocar o mundo que está ali à frente e coloca-o debruçado no parapeito. E então, fora da janela, o que é que fica?Ainda e sempre o mundo, que nesta ocasião se desdobrou em mundo que olha e é olhado. E ele, dito também “eu”, ou seja, o senhor Palomar? Não será ele também um pedaço de mundo que está olhando o outro pedaço de mundo? Ou então, dado que há mundo do lado de cá e mundo do lado de lá da janela talvez o eu não seja mais do que a janela através da qual o mundo olha o mundo. Para se olhar a si próprio o mundo tem a necessidade dos olhos (e dos óculos) do senhor Palomar.
Italo Calvino,
Palomar

# 5 | Ilustrações antigas – mergulhador da Marinha [1910]

A data de 26 de Setembro de 1910, é reportado na Capa da “Revista Ilustração Portuguesa”, setembro de 1910, a utilização de Mergulhadores da Marinha equipados com escafandro clássico semi-autónomo de circuito aberto “SIEBE GORMAN”, numa missão de salvamento marítimo a bordo do navio “S. Gabriel”.

Mergulhador da Marinha equipado com escafandro clássico semi-autónomo de circuito aberto “SIEBE GORMAN”