Além de relevante, vai sendo cada vez mais patente a responsabilidade e a intervenção social das Instituições de Ensino Superior.
Um dos aspetos que continua a parecer-me precário é a repercurssão no curriculum ou o modo como (além de ser em suplemento ao diploma) se registam as atividades realizadas pelos estudantes (e se creditam ECTS).
Conhecer para Intervir é uma iniciativa da UL, e chamou-me a atenção o texto de apresentação:
“O conceito de intervenção social pode ser abordado de diversas formas e sob a alçada de diversas disciplinas entrecruzadas.
Como ponto de partida destas Jornadas, fizemos um levantamento do que de bom se faz na Universidade de Lisboa em termos de “intervenção social”, entendida no seu sentido mais amplo, abrangendo, assim, atividades de associativismo, voluntariado, culturais e desportivas, apoio comunitário, sustentabilidade….
Elaborámos um documento de apoio, inventariando as atividades desenvolvidas na UL, não por unidade orgânica (UO), como é mais usual, mas por grande categoria de intervenção: voluntariado, apoio comunitário, sustentabilidade, associativismo, atividades culturais e desportivas. Interessou-nos obter uma panorâmica abrangente do que se faz e identificar os contactos, no caso de haver motivação para futuras colaborações. Para que estas atividades se autonomizassem, pedimos que lhes fosse atribuído um logotipo específico e que, na ficha explicativa, viesse explicitado, de forma sintética, o seu objetivo e funções. Nas visitas de promoção que fizemos a todas as unidades orgânicas, pedimos igualmente que fosse escolhida uma “atividade estrela”, a fim de ser apresentada nas Jornadas.
Previmos que, nos painéis das Jornadas, interviessem representantes do governo das UO, relatando formas institucionais de apoio e estímulo das atividades de intervenção social, eventuais obstáculos e formas de os superar; e participantes / dinamizadores das atividades, alunos e professores e pessoal não docente, descrevendo as práticas e problematizando a respetiva participação e capacidade de mobilização.
Pensamos que a temática da intervenção social, abordada por uma instituição de ensino superior, deveria ser configurada também do ponto de vista do currículo da formação, da investigação e da validação de aprendizagens experienciais (acreditação). Foram, assim, colocadas as seguintes questões a debater em cada painel: Como fomentar boas práticas de intervenção social na UL – UTL? Que repercussões possíveis para o currículo e a progressão na carreira?
Tratando-se de jornadas do ciclo “Conhecer para intervir”, prevemos que as mesmas concluam com a eventual apresentação de recomendações sobre as repercussões curriculares e em termos de progressão na carreira da intervenção social, designadamente em termos de validação (acreditação) dessas aprendizagens experienciais.”
5 de novembro, em Lisboa.