“Estratégias para promover a integridade acadêmica e científica: atualização de um memorando de propostas”, 2023

Ética e pesquisa em Educação. Volume 3. 2023

p. 257 – 276

Intencionamos escrever um verbete de síntese sobre o tema das estratégias promotoras da integridade acadêmica e científica em Instituição de Ensino Superior (IES), em concreto sobre um inventário ou um memorando de propostas. Verbete é um texto informativo, que visa explicar um conceito ou uma ideia de modo discursivo, que potencie acesso imediato a um leitor universal. Se bem que você, leitor, suspeitamos que não se trate de um leitor universal – provavelmente é um estudioso ou preocupado com a integridade acadêmica e científica, por isso o título poderá ter angariado a sua atenção. O verbete está organizado na seguinte sequência: um breve enquadramento narrativo; uma contextualização; seguida de identificação de (alguns) documentos de referência; e, por fim, o memorando (ou inventário) de propostas.
ENQUADRAMENTO
Em 2019, no estudo que realizamos sobre Estratégias promotoras da integridade acadêmica e científica – Instituições de Ensino Superior em Portugal (NUNES, 2019), partimos de uma dupla premissa: por um lado, reconhecemos a relevância de Códigos de Ética na investigação e na pedagogia; por outro lado, não temos conhecimento sistematizado das medidas adotadas pelas Instituições de Ensino Superior (PEIXOTO,
2016). Nesse relatório, procedemos a uma recolha dos documentos existentes no âmbito nacional e os analisamos de forma a elencar as estratégias e os procedimentos utilizados. Assim, identificamos e analisamos os Códigos de Ética e de Conduta Ética das Instituições de Ensino Superior em Portugal, no que se refere à estrutura, aos conteúdos sobre integridade, às práticas ilícitas descritas e à dimensão sancionatória, que nos remeteu aos regulamentos disciplinares… continuar a ler

“Research integrity: nine ways to move from talk to walk”

Counselling, coaches and collegiality — how institutions can share resources to promote best practice in science.

Illustration by David Parkins – imagem no artigo – aqui

Three years ago, the US National Academy of Sciences called for resources to help research leaders improve scientific integrity in their institutions1. Since we started our study in 2019, we have found that universities can struggle to work out where to start, to think comprehensively and to craft concrete policies and procedures tailored to their needs. One participant told us that institutions “only have bits and pieces — but it needs to be a system”.

(…) The scientific community has shifted from its dominant focus on individual actions and begun to accept that the research culture has a role in sustaining research integrity (and discouraging questionable research practices). In a similar way to funders, publishers and scientific societies, institutions are starting to publicly scrutinize how they go about research assessment, supervision and mentoring, collaboration, public engagement, data management and publication. The goal? To dismantle structural dysfunction and to reform the incentives that sustain it.

Take the recent efforts of Ghent University in Belgium to “become a place where talent feels valued and nurtured” (see go.nature.com/3itv56b).

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