Florence Nightingale

Florence Nightingale: The Mysteries Behind Her Iconic Photographs

Florence Nightingale apparently loathed having her photograph taken. There are consequently relatively few photographic portraits of her and even fewer around the time of the Crimean War when her name was on every pair of lips; the legend of the Lady with the Lamp was born and the attention of a nation was turned towards a hospital in Scutari, Turkey, where she tended the sick and the wounded. These rare photographic images of Florence Nightingale are so famous and familiar – iconic even – that we take them for granted. Over the years they have been used on stamps, postcards, trading cards, T-shirts, mugs, erasers, cigarette cards, cigar  bands (!), etc. Between 1975 and 1994 millions of copies of one of these scant portraits even found their way in everybody’s pockets in the shape of a ten pound banknote issued by the Bank of England.

(…)

In January 1855, it was the turn of The Englishwoman’s Domestic Magazine, published by Messrs. Clarke and Beeton, to offer their readers “a portrait of that true heroine, Florence Nightingale.” On 3 February, the Weekly Gazette issued “a portrait of Miss Nightingale, and a view of the landing of the wounded at Scutari.” On 10 February Cassell’s Illustrated Family Paper also had  a woodcut of Miss Nightingale to show its readers (see illustration). In June 1855 the third “and cheap” edition of The History of Woman, by S. W. Fulton, included a portrait of Florence Nightingale.

Portrait of Miss Nightingale. Woodcut. Cassell’s Illustrated Family Paper, 10 February 1855, p.48. Author’s collection.

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Década 1930, manuais de enfermagem psiquiátrica

O livro “Enfermagem de alienados” de Luís Cebola, datado de 1932, foi o primeiro manual dirigido a enfermeiros de alienados, que hoje vulgarmente designamos de psiquiatria. Dois anos depois, Fernando Ilharco publicou “Apontamentos das lições de Psiquiatria” (Nunes, 2020).

Na vizinha Espanha, a década de 1930 foi um tempo de reforma da assistência psiquiátrica, impulsada por mudanças legislativas ao longo da Segunda República; em 1932 foi regulamentado o diploma de enfermeiros psiquiátricos e o plano de estudos para obter o título. O Conselho Superior Psiquiátrico escolheu, em 1933, o manual “La asistencia al enfermo mental” escrita por Luis Valenciano Gayá, como obra de referência (Sánchez e Villasante, 2016).

No Brasil, a obra “O Enfermeiro de Psicopatas”, da autoria de Adolpho Possollo, publicado em 1939 pela editora dos Irmãos Pongetti, foi entendida como elemento para especialização dos enfermeiros e enfermeiras, como “resposta a necessidade de um profissional especializado para prestar assistência aos alienados” (Silva et all, 2015, 86).

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  • Nunes, L. (2020). «Nursing of the alienated», 1932 – the first Portuguese manual on Psychiatric Nursing and its epochal scenario, Proceedings Florence 2020.
  • Sánchez, A. D. ; Villasante, O. (2016). La Asistencia al Enfermo Mental” de Luis Valenciano: La Profesionalización del Cuidado al Enfermo Mental durante la Segunda República Española. In Cultura de los Cuidados, 44, pp. 51-62. [Acesso 22 dezembro 2023] https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/54592/1/Cult_Cuid_44_05.pdf
  • Silva, A.; Almeida, É.; Figueiredo, J. B.; Moreira,  A.; Amorim, W. (2015). Cuidados Preconizados no livro “O Enfermeiro de Psicopatas” – 1939. História enfermagem revista eletrônica [Internet].6 (1):83-92. Em  https://here.abennacional.org.br/here/6_AO_14015_MM.pdf  

História de enfermagem, tempo da 1ª Guerra

Resumo: No período da Primeira República em Portugal, no decorrer da I Guerra Mundial, implementou-se, com base na experiência de ensino da Casa Pia de Lisboa, a reeducação profissional tendo sido particularmente importante na recuperação de mutilados e estropiados de guerra. Objetivo: Interpretar e analisar quais as práticas das enfermeiras na reeducação profissional de soldados portugueses no Instituto de Reeducação de Mutilados de Guerra de Santa Izabel na Casa Pia de Lisboa durante a I
Guerra Mundial. Metodologia: Recurso ao método histórico para a síntese da narrativa histórica. Resultados: Encontram-se referências importantes nos Anuários da Casa Pia de Lisboa a funções exercidas pelas enfermeiras nomeadamente “a propaganda que as sr.as enfermeiras fizeram junto dos feridos sobre as vantagens da reeducação”; o “tratamento massoterápico”; “os tratamentos pela massagem” e ainda ao “papel importantíssimo” das senhoras (enfermeiras) na “pequena enfermaria” chefiada pelo Dr. V. Pontes onde havia um pequeno serviço de “massotherapia”, uma
oficina de “prothese provisória” e um laboratório de exame de aptidões. Conclusão: Confirma-se que as enfermeiras desempenharam um papel importante nos serviços de “reeducação preparatória” no Instituto de Reeducação de Mutilados de Santa Izabel da Casa Pia de Lisboa, intervindo de forma diferenciadora e eficaz, obtendo um bom reconhecimento.

aqui

Revista Cultura de los Cuidados: https://culturacuidados.ua.es/issue/current

História de Enfermagem a partir da análise de fotografias

The recording is now available for review online at the UBC Library: http://hdl.handle.net/2429/86672

Os apresentadores do painel e os membros das respectivas Associações Canadenses e Europeias de História da Enfermagem apresentam e examinam uma série de fotografias que representam eventos importantes na história da enfermagem a partir de várias perspectivas, períodos de tempo e contextos nacionais e internacionais. O painel mostra como as fotografias podem fornecer informações sobre o passado da enfermagem que podem não ser necessariamente captadas apenas pela análise documental e podem convidar à reflexão sobre as formas como a enfermagem interagiu com diferentes influências políticas.

“Ensino da Enfermagem em Portugal: percurso histórico e contexto atual”

aqui no RCAAP

I. Prolegómenos – ensino de Enfermagem até 1988

II. Deslocamentos – integração do ensino de Enfermagem no sistema educativo
nacional e passagem do bacharelato a licenciatura (1988 – 1999)

III. Adequações – tempos de implementação do Processo de Bolonha (2000 – 2009)

IV. Linha de água – desenvolvimentos no Ensino Superior (2010-2019)

V. Em redor e adiante – tempos de pandemia e depois (2020 e seguintes)

50 anos depois…

Recordando o 1º Congresso Nacional de Enfermagem, realizado em 1973, e que teve importância relevante para o desenvolvimento da enfermagem portuguesa.

Os eixos que constam do programa são os mesmos de há 50 anos, numa perspectiva de passado, presente e futuro.

Durante este Congresso será prestada homenagem à Srª Profª Doutora Marta Lima Basto, a primeira Enfermeira portuguesa a obter o doutoramento e grande impulsionadora dos doutoramentos em enfermagem em Portugal.

“Cuidar el cuerpo y salvar las almas: la práctica de la Enfermería según el modelo de la Congregación de enfermeros obregones”

Tese doutoral de Manuel Martínez, Universidade de Sevilha, 2007.

Excertos de história – Manuela Barreiros de Sousa

«Orientada pelo Professor Doutor Rui Canário, defendeu a tese “Da formação dos enfermeiros à construção da identidade dos professores de enfermagem”, que aborda a problemática da integração do ensino de enfermagem no ensino superior politécnico (1988) e o despoletar de mudanças, no sistema educativo dos enfermeiros, passando os docentes de enfermagem a ter o estatuto de agentes activos na construção do desenho curricular, dos cursos de enfermagem, até então da responsabilidade do Ministério da Saúde. Com o seu trabalho de investigação procurou dar voz aos docentes de enfermagem sobre a sua identidade profissional. »

Excertos de história – Manuel Leitão Branco

https://sphenf.com/manuel-leitao-branco/

«Na II Reunião Nacional, realizada a 20 de junho de 1954, em Coimbra, subordinada ao tema A Enfermeira, militante da Saúde, Leitão Branco, sem prejuízo do reforço do enquadramento político epocal, afirmou: “Uma das grandes preocupações do Governo da Nação tem sido o Problema da Assistência em Portugal e, a par da construção de grandes e pequenos hospitais, uns já concluídos, outros em vias de conclusão, há o desejo veemente, da parte das entidades responsáveis, de criar uma enfermagem capaz de corresponder, em número e qualidade, ao elevado fim a que se destina. O desenvolvimento do ensino, a criação de novas escolas, as exigências no recrutamento dos novos candidatos e, ainda, a profunda alteração introduzida na matéria dos cursos, são testemunhos flagrantes das minhas afirmações”.

O delegado de Coimbra, Alberto Mourão21, reforçou o entendimento sobre o papel do sindicato – “os Sindicatos têm desempenhado as mais diversas tarefas – desde a verdadeira união com fins educativos e sociais às catastróficas uniões operárias de princípios comunistas, que, sem orientação moral, se tornam elementos temíveis na política interna das nações. Se encararmos bem nestas duas ordens de sindicatos, vemos quão alto é o vaIor – positivo ou negativo – destas associações e o valor relativo da sua actuação no equilíbrio social do mundo. Uma nação é tanto mais progressiva quanto mais exemplar se mostra a sua actividade sindical.”

Em harmonia, Leitão Branco afirmou que “Na realidade, urge que o nosso Estado Corporativo, no prosseguimento da sua notavél missão, legisle de forma a serem satisfeitas as justíssimas reivindicações da classe, fundamentalmente no que diz respeito a horários de trabalho, ordenados mínimos, assistência na doença e invalidez e repressão do exercício ilegal da enfermagem (…) Assim, o problema, como ressalta das minhas palavras, só pode ser resolvido com uma colaboração perfeita entre o Estado e o Sindicato. Necessário, por isso, sería também que deixasse de existir por completo, da parte de certas entidades oficiais, relutância em tratar connosco de assuntos que, interessando à classe, interessam consequentemente à própria Nação.”

Propôs a criação de uma Comissão Nacional de Enfermagem, na esteira de uma proposta anterior da Enfermeira Repenicado Dias, e a “fixação de uma data que fosse considerada por excelência «O DIA DA ENFERMAGEM PORTUGUESA». Assim, proponho que seja fixado para esse efeito o dia 8 de Março de cada ano, data em que se comemora a morte de São João de Deus, patrono da Enfermagem” Esta proposta foi acolhida com aprovação e aclamação, passando desde 1954, a assinalar-se o 8 de março como dia da Enfermagem Portuguesa.

A revista noticiou a Romagem às relíquias de S. João de Deus, em Granada25, incluindo esta viagem monitores de Escolas e alunos, neste caso como o prémio de maior classificação do final do curso, patrocinados pelo Subsecretário de Estado da Assistência Social. »

Excertos de história – fontes para ler sobre Isaura Borges Coelho

Quem foi quem – Isaura Assunção da Silva Borges Coelho

Feminismos em Portugal (1947 – 2007) . Tese PhD Maria Manuela Tavares. Doutoramento em Estudos sobre as Mulheres. Especialidade em História das Mulheres e do Género, p. 95-97

“1.3 – Uma luta de mulheres: a das enfermeiras

O decreto-lei 32:612 de 31 de Dezembro de 1942 coloca o ensino e o exercício da enfermagem sob um grande controlo do Estado Novo. Exigia-se que o acesso à enfermagem por parte de candidatos do sexo feminino só pudesse ser feito no caso de mulheres solteiras ou de viúvas sem filhos. Para os homens não estavam colocadas tais restrições, porque a eles não estavam destinadas as tarefas familiares que competiam
por natureza às mulheres, segundo o discurso ideológico do regime. Deste modo, era exigido às enfermeiras uma dedicação exclusiva, um espírito de missão que também
foi exigido às professoras do ensino básico.
Foi a partir do Hospital Júlio de Matos de onde algumas enfermeiras tinham sido expulsas por terem casado, que surgiu a luta das enfermeiras. Num jantar de solidariedade organizado pelas colegas, iniciou-se a recolha de assinaturas contra a
proibição do casamento das enfermeiras.

A enfermeira Isaura Borges Coelho foi presa em 1953, por estar envolvida nesta luta, que envolveu largos sectores da sociedade portuguesa, inclusive a Igreja e a Liga Portuguesa de Profilaxia Social (LPPS). Contudo, Salazar resistia à ideia de existirem
mulheres casadas na profissão de enfermeiras, pois seria sempre desejável afastá-las de preocupações e ambientes estranhos ao lar. Deste modo, a natureza absorvente da
profissão não se coadunaria com os deveres de esposa e mãe. Isaura Borges Coelho
foi julgada no Verão de 1954. Foi condenada a dois anos de prisão e teve como testemunhas de defesa Maria Lamas e Maria Isabel Aboim Inglez. Foi também presa
por estar envolvida nesta luta a enfermeira Hortênsia Campos Lima.

Na base desta luta cruzaram-se razões de cariz ideológico diferentes: a luta contra uma discriminação a que as enfermeiras eram sujeitas, que se baseava na ideologia do regime e num retrato tradicional de ―sacerdócio‖ das enfermeiras e as razões de carácter ―moral‖, que condenavam as relações fora do casamento. Na exposição enviada pela LPPS ao cardeal patriarca de Lisboa, afirma-se que tal proibição redunda em vergonhas e em misérias e na perda definitiva da saúde para as desgraçadas enfermeiras, que tendo obedecido aos impulsos da natureza, resvalaram do anticoncepcionalismo para o aborto criminoso‖. De facto, das relações das enfermeiras numa vida conjugal clandestina não podiam resultar filhos. Segundo Lúcília Escobar, no seu livro O Sexo das Profissões, o papel do Estado Novo para a construção de uma identidade socioprofissional da enfermagem teve como base um estereótipo feminino de que resultou uma segregação sexual do trabalho dentro
da própria profissão. (ESCOBAR, 2004:57-58).”

Tejedoras de redes de cuidados: entre la colectividad y la singularidad – 30 marzo

Gostei do email de divulgação: ¿Te gustaría pasar una tarde con unas mujeres inquietantes?

¿Te gustaría conocer y dialogar sobre algunas de las mujeres que impulsaron el modelo de la hospitalidad? Únete a la numerosa comunidad que nos encontraremos en el webinar para profundizar sobre la vida de unas mujeres líderes reformadoras de instituciones hospitalarias.

El 30 de marzo de 2023 a las 18:00 hora peninsular española.

Puedes inscribirte gratis de forma virtual o acudiendo presencialmente al Museo Casa de los Pisa en Granada, desde donde lo emitiremos en directo. Ya puedes inscribirte de forma gratuita en https://bit.ly/3Tbo82I

Podrás interactuar con los ponentes y dejar tus impresiones y preguntas en la sección de comentarios, que les trasladaremos en el coloquio en directo. Este webinar está organizado por la Fundación Index en colaboración con el Colegio de Enfermería de Granada y el Museo Casa de los Pisa de Granada.

Marquemos encontro em Montemor [9 e 10 março, 2023]

Já está disponível em https://sphenf.com/ a inscrição, programa e o regulamento das comunicações livres para participar no VI Encontro, para fazermos em Montemor-o-Novo uma grande jornada de história da enfermagem.

Divulguem pois o programa foi concebido e dedicado à vida e obra do patrono dos enfermeiros portugueses, S. João de Deus.

https://sphenf.com/