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JM era do 6 em 1 & algo mais. Deixou-o em Outubro do ano passado
e passou para 6 em 1 & algo +O blog que é simultaneamente lixívia, detergente, óleo de cedro, limpa-vidros, sabonete líquido e sumo de laranja. E tem algo mais: aloé vera.
Em Janeiro, mudou para ante et post. Agora, abriu casa nova, no reticências… e com um post que recomendo – «como interpretar frases em artigos científicos».

Do Aprender e ensinar, a informação do Depósito de dissertações e teses, um serviço da Biblioteca Nacional: a possibilidade de depositar dissertações e teses em formato digital.

Uma crítica pessoal e subjectiva – depois de «O Eduquês» em discurso directo, de Nuno Crato, nos (In)docentes.

Para quem esteve distraído, O ‘Eduquês’ em discurso directo.
Aqui, em excertos para a imprensa.

Para acabar o passeio da noite, um aviso que vem aí um livro a ler:
Correspondência trocada por Sophia e Sena entre 1959 e 1978.

pistas

De entre os muitos recursos existentes, destacam-se, de vez em quando, uns textos mais dirigidos, sóbrios e com os quais se fica a pensar. Algumas pistas guardo aqui:

Distance Education. Guidelines for Good Practice

TEACHER EDUCATION GUIDELINES: USING OPEN AND DISTANCE LEARNING
Technology – Curriculum – Cost – Evaluation

A STANDARDS FRAMEWORK FOR TEACHING AND SUPPORTING STUDENT LEARNING
IN HIGHER EDUCATION

THE SCHOLARSHIP OF TEACHING AND LEARNING IN HIGHER EDUCATION
AN ANNOTATED BIBLIOGRAPHY

Teaching in a Web Based Distance Learning Environment:
An Evaluation Summary Based on Four Courses

Authentic Learning Environments in Higher Education
Review

Learning to Teach in Scottish Higher Education
John Hall

Serving Adult Learners in Higher Education
Principles of effectiveness.

Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã
à névoa do outo dia.

Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qua amar se consagram.

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia

António Gedeão

.. aí está ele! O 1º dos "decretos de Bolonha"

Cito JVC, nesta designação dos «decretos de Bolonha».

Saíu o referente aos Graus e Diplomas do Ensino Superior.
52 páginas de texto.
Muitas mudanças, se as soubermos e quisermos fazer.

Já agora, e a propósito,
seguindo a pista deixada em Que Universidade?
vale a pena ler As Angústias de Bolonha.

de volta a Bolonha…

Mais uma vez, o debate sobre as competências e os descritores de Dublin.
Começou há muito a análise do enquadramento das qualificações.
O Projecto Tuning já concluíu a Fase 2.

Retomo o que escrevi há mais de um ano:

1) Em Portugal existe um único nível de formação para aceder ao exercício da profissão – estou a falar do nível 5, já que em muitos países, a existência de vários níveis profissionais decorre das formações a nível 3 e 4.

2) No quadro da organização das profissões, o primeiro ciclo significa preparar para uma actividade profissional e o segundo ciclo para uma profissão com autonomia, e tomada de decisão em situação de ambiente complexo, o que é bastante diferente.

3) Atentando aos domínios de competências previstos para o enfermeiro de cuidados gerais (desde 2002), que são demonstrativos da abrangência e profundidade dos saberes que lhe devem dar suporte, tenha-se em conta que a formação inicial, tem como finalidade primeira formar jovens para a profissão de enfermeiro – sendo que, pela natureza dos cuidados de enfermagem, cuja centralidade é a relação interpessoal, os mediadores são o domínio das técnicas próprias da profissão e a capacidade de gestão do imprevisível. Neste sentido, os 4 anos tinham vindo a ser considerados, pela OMS e ICN, o tempo recomendado. Antes de Bolonha.

4)Tenha-se ainda em conta a realidade da saúde e, entre outros factores,
a) a complexidade das situações de saúde e doença que exigem uma abordagem interdisciplinar;
b) novos problemas, relacionados com os estilos de vida, o envelhecimento, as doenças crónicas, a SIDA/HIV, a toxicodependência e a exclusão social, entre outros;
c) a mudança de cenário dos cuidados que se caracteriza pela transferência de cuidados hospitalares para os serviços da comunidade e reorganização dos cuidados de saúde primários;
d) o desafio da qualidade da formação e dos cuidados, simultaneamente um problema ético e moral e um problema de credibilidade e dignidade profissional…entre outros

5)Tenha-se em conta que: a) a formação inicial tem de garantir as competências para o exercício autónomo da profissão;b) não se admitem saídas profissionais que possam configurar níveis de formação distintos para acesso à profissão (e neste ponto, a engenharia é um exemplo paradigmático de 2 saídas); c) não se admitem níveis de saída da formação inicial que pressuponham menores níveis de competências disciplinares autónomas.

Na verdade, a formação em Enfermagem prepara para o exercício de uma profissão autónoma, auto-regulada. Por tudo isto me parece que a estrutura de mestrado contínuo – e os descritores de Dublin do 2º ciclo – é a mais adequada quer pensando em termos das necessidades e da qualidade dos cuidados aos cidadãos (a finalidade da preparação e da profissão), quer do ponto de vista dos processos de aprendizagem, quer perspectivando numa estrutura de três ciclos.

Porquê voltar ao assunto?
Porque os descritores de 1º ciclo, não obstante a «excepção» de 240 ECTS para Enfermagem, são insuficientes para as competências do enfermeiro de cuidados gerais.
Não se trata da duração mas do perfil de competências necessário.

Conversamos?!…