“Jules quer ser arquitecto, e eu tenho a certeza de que mais tarde, quando ele construir castelos, deixará de nos visitar. E que, se ele vier aqui uma vez por ano, fá-lo-á por si, e não por nós. Sei de cor o seu modo de funcionar. Poderia até declamá-lo. Jules não se apega, porque vive no presente. Está-se nas tintas para o passado. E o futuro ainda não lhe interessa. De manhã, mal sai pela porta fora para ir para o liceu, deixa de pensar em nós. E quando volta, ao final da tarde, fica contente por nos ver, mas não sentiu a nossa falta”.
Valérie Perrin, Os esquecidos de domingo